Poster (Painel)
154-2 | Potencial biotecnológico de leveduras isoladas de frutos da Região do Médio Amazonas | Autores: | Almeida, T.M.M (ICET - Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia) ; Valente, P. (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Ramírez, M. (UFRGS - Universidade Federal do Rio Grande do Sul) ; Cid, W.S (ICET - Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia) ; Abegg, M.A. (ICET - Instituto de Ciências Exatas e Tecnologia) |
Resumo A ecologia teórica indica que ecossistemas de floresta são um mosaico de habitats para microrganismos. Frutos naturalmente contêm altas concentrações de açúcar, assim espécies de leveduras estão presentes. Pelo fato de que leveduras são metabolicamente diversas, as mesmas são usadas em muitos processos industriais, como na produção de etanol (bebidas, industrial e combustível), vitaminas, ácidos orgânicos, carotenóides e enzimas.No presente trabalho, 15 frutos de sete espécies [abiu ou guapeva (Pouteria caimito, R.), caju (Anacardium occidentale,, L.), jambo (Syzygium jambos, L.), murici (Byrsonima spicata, K.), taperebá ou cajá (Spondias mombin, L.), tucumã (Astrocaryum aculeatum, M.) e cubiu (Solanum sessiliflorum, D.)] de plantas nativas da floresta Amazônica, foram coletados nos arredores do município de Itacoatiara-AM e examinados para a presença de leveduras de superfície e endofíticas.Porções de frutos estéreis e não esterilizados superficialmente foram macerados assepticamente e posteriormente semeados com incubação por 7 dias em ágar extrato de levedura-peptona-dextrose (YEPD) e ágar WLN (Wallerstein Laboratory Nutrient Agar). Representantes dos tipos morfológicos foram isolados e características coloniais e celulares das cepas foram analisadas. Os isolados foram testados com relação ao seu potencial biotecnológico, pela verificação da habilidade de crescimento em meio com 50% de glicose, tolerância a 15-30% de etanol, termotolerância a 38 °C, 41 °C e 51 °C e para a produção de enzimas: amilase, caseinase, gelatinase, maltase, celobiase e esterase.Foram obtidas um total de 112 cepas de leveduras de frutos, sendo 29 do fruto abiu, 12 do caju, 12 do cubiu, 2 do jambo, 7 do murici, 22 do taperebá e 28 do tucumã.Nove isolados produziram alguma das enzimas testadas. Desses, 1 isolado apresentou atividade de amilase, 4 de gelatinase, 24 de maltase e 4 de celobiase. Com relação aos testes de tolerância, apenas uma cepa cresceu em placa contendo 15% de etanol e três isolados cresceram em placas contendo 50% de glicose. Vinte e quatro cepas cresceram a 41 ºC e 13 cresceram a 50 ºC (3 isoladas de taperebá e 10 de tucumã). Os 112 isolados de leveduras foram triados através de PCR fingerprinting com o iniciador GTG5 para posterior sequenciamento da região intergênica ITS1-5.8S do rDNA.Até o momento, foi confirmada a identidade de seis espécies: Candida tropicalis, Kodamaea ohmeri, Hanseniaspora opuntiae, Meyerozyma caribbica, Pichia kudriavzevii e Pichia manshurica. A caracterização molecular dos isolados apresenta-se em fase de conclusão. Os trabalhos em relação ao potencial biotecnológico de leveduras de frutos prosseguem atualmente com a análise de cepas associadas aos frutos guabiraba (Campomanesia lineatifolia R.& P.), jaboti (Duguetia stenantha R. E. F.), pajurá-da-mata (Parinari montana A.) e sorvinha (Couma utilis M.A.). Palavras-chave: Frutos, Leveduras, PCR fingerprinting |